Nossa Senhora Aparecida


Nossa Senhora Aparecida:
Padroeira do Brasil (12 DE OUTUBRO)

ORAÇÃO:

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus,
Rainha dos Anjos,
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos
e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos,
ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer que algum daqueles
que têm a vós recorrido,
invocado vosso santíssimo nome
e implorado vossa singular proteção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-nos de hoje para sempre por nossa Mãe,
nossa protetora,
consolação e guia,
esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos
e a vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os negócios espirituais e temporais.
Livrai-nos da tentação do demônio,
para que, trilhando o caminho da virtude,
possamos um dia ver-vos e amar-vos na eterna glória,
por todos os séculos dos séculos. Amém.


A HISTÓRIA:

No ano de 1717, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, passou na Vila de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, com destino a Minas Gerais. A Câmara local, empenhada em receber tão grande autoridade, cuidou de preparar um banquete à altura da importante visita. Para tanto, pescadores locais foram convocados a trazerem muito peixe para o senhor conde e sua comitiva. A ordem foi prontamente atendida pelos pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso que lançaram suas redes no porto de Itaguaçu (no rio Paraíba). Seus esforços revelaram-se inúteis. Fizeram uma segunda tentativa, próximo a Guaratinguetá. Dessa vez, para surpresa dos homens, a rede trouxe uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça. Após mais alguns lançamentos da rede conseguiram a parte que faltava à escultura. Lavaram cuidadosamente a imagem e envolveram-na em panos, prosseguindo a pesca. Tantos peixes vieram à rede que tiveram que finalizar seus trabalhos. Filipe Pedroso, homem piedoso, guardando as redes, levou a imagem para casa. Era de fato uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de terra-cota, de cor escura. O pescador ficou com esta imagem em seu poder durante 15 anos.

Quando mudou-se para Itaguaçu, deixou-a com seu filho Atanásio, que construiu um singelo oratório-capela onde amigos e vizinhos se encontravam para rezar o terço.

Têm início os prodígios. Certa noite, durante a oração do terço, as velas que iluminavam a imagem se apagaram subitamente, sem que houvesse nenhuma corrente de ar que justificasse tal acontecimento. Silvana Rocha dirigiu-se ao altar para acender as velas novamente. Foi então que tudo se aclarou, as velas se acenderam novamente, sem intervenção de ninguém.

Outro acontecimento que mereceu registro: um escravo, de nome Zacarias, veio suplicar à Virgem que o libertasse do jugo de um senhor cruel. Grande milagre sucede: caem-lhe das mãos os ferros, sinal de sua condição de escravo. Nossa Senhora atendera seus rogos. Agora, Zacarias era um homem livre e feliz. As correntes do escravo Zacarias começaram a enriquecer o acervo dos milagres. Foram aumentando as graças concedidas por Nossa Senhora. Era imperioso construir-se uma capela maior num local mais adequado. O vigário de Guaratinguetá pediu licença ao bispo do Rio de Janeiro e, uma vez escolhido o Morro dos Coqueiros como lugar mais apropriado, em 1743 se iniciou a construção de uma espaçosa capela, que ficou concluída em 1745. No dia 26 de julho, na Festa de Santana, foi benta e celebrou-se a primeira missa. E multiplicaram-se as romarias. A capela foi diversas vezes reformada e aumentada, até que em 1846 começou a ser substituída pela atual. A 8 de dezembro de 1888 foi o novo santuário bento e inaugurado pelo bispo D. Lino Rodrigues de Carvalho.

Em 1894, chegam os Missionários Redentoristas, que iniciaram um admirável trabalho de evangelização e acolhida dos peregrinos. Eles difundiram por todo o país a devoção à Senhora Aparecida.

No dia 8 de setembro de 1904, Dom José de Camargo Barros colocou sobre a imagem da Virgem uma coroa de ouro e pedras preciosas doada pela Princesa Isabel. O 25º aniversário da coroação da imagem, em setembro de 1929, foi de um brilho inigualável. Grandes romarias, belas celebrações e um Congresso Mariano demonstraram o afeto que o país inteiro devotava à Virgem Aparecida. Nas sessões deste congresso o povo apresentou o desejo de que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada padroeira do Brasil. O Papa Pio XI, sensível aos anseios do povo brasileiro, assinou a 16 de julho de 1930 o decreto em que proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira da Nação Brasileira. Diz o decreto: "Declaramos e constituímos a Beatíssima Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de Aparecida, Padroeira de todo o Brasil."

Em 1931, a imagem visitou a então capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, pela iniciativa do cardeal D. Sebastião Leme. Mais de um milhão de fiéis aclamaram Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos Missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início a 11 de novembro de 1955 a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova, o maior Santuário Mariano do mundo. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida, Santuário Nacional.

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