O verdadeiro templo

O verdadeiro templo:

A Basílica do Latrão, “mãe de todas as igrejas”, construída pelo imperador Constantino por volta do ano 325, é a primeira em dignidade das igrejas do Ocidente, pois é a catedral de Roma (urbi et orbi) e foi sede oficial do bispo de Roma até o século XIV.

A basílica lateranense representa como que a passagem da igreja-tenda-peregrina e precária nas catacumbas e símbolo da presença de Deus caminhando com o povo de Israel no deserto – para a igreja-templo, construída sobre o templo vivo que é o próprio Cristo. Nós, como membros vivos da igreja local, somos co-responsáveis para que ela se torne espécie de “igreja-mãe”, geradora de outras comunidades e aberta ao mundo.

Jesus, para salvaguardar a sacralidade do templo, como vemos no evangelho, usou de ação física contra aqueles que queriam transformá-lo em lugar de exploração.

Do templo deve jorrar “água” para irrigar a vida da comunidade. Com seu gesto, Jesus anuncia o propósito de liberar o povo da exploração, “denuncia o domínio do dinheiro e acusa as autoridades religiosas de abusar dos pobres com o comércio do sagrado”.

Se o templo-igreja merece respeito, pois é símbolo da presença de Deus e lugar de encontro da comunidade, muito mais se deve respeitar o ser humano, templo vivo do Espírito Santo. São Cesário de Arles dizia: “Hoje, com exultação e alegria, celebramos o dia natalício deste templo; devemos ser um templo verdadeiro e vivo de Deus e preparar nossas almas para serem como queremos que sejam as igrejas nas quais entramos”. Ou ainda, como diz são Paulo: “Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?”.

Pe. Nilo Luza, ssp (O Domingo: Semanário Litúrgico-Catequético 09/11/2008).

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